quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Laguna Turquesa - Ushuaia - Ar

(Esse graveto vermelho do lado esquerdo da foto, sou eu :D )


A província de Tierra del Fuego, na região patagônica argentina, é cheia de lagoas lindas com cores incríveis, mutas delas estão nos arredores da cidade de Ushuaia.
A trilha para a Laguna Turquesa começa a 17 quilômetros da cidade de Ushuaia, sob a margem direita, a uns 800 metros antes do ingresso ao centro invernal Valle de Lobos.
É uma trilha de dificuldade moderada, porém algumas partes são bem inclinadas e se houver chuva e lama dificulta um pouco  a subida.

              (Retorno da Laguna Turquesa, ao fundo o Valle de Tierra Mayor e a Laguna Esmeralda)

O caminho é relativamente fácil. Como a maioria das trilhas daqui, o caminho está marcado nas árvores ou com estacas no chão. Não há bifurcações nem possibilidade de se perder, na dúvida, olhe pra cima, o intuito é sair do bosque e depois chegar ao cume da montanha onde a laguna se forma vinda do desgelo de glaciares.



Do alto, já proximo  de chegar à laguna Turquesa há uma vista maravilhosa da Laguna Esmeralda, do glaciar Ojo del Albino e do Cerro Bonete, do outro lado do valle de Tierra Mayor.





Estação: Verao
Tempo de duração: +/- 2 horas
Dificuldade: Moderada
Altura: 1300 a 740 msnm (frente)
Coordenadas: 54°44'02.2"S 68°08'37.9"W


(Laguna Turquesa, Janeiro de 2016)

A laguna tem uma cor maravilhosa e quando há sol as cores ficam ainda mais intensas. No verão de 2016, quando fui, ainda havia neve ao redor e o vento forte parecia que ficava dando voltas ali e estava muito frio. Não conseguimos ficar mais do que 40 minutos lá em cima. Foi o tempo de uns mates, umas facturas de doce de leite e umas fotos. Estava difícil sorrir, parecia que a cara estava congelando. (risos)




UPDATE:

Voltei à Laguna Turquesa  na primavera de 2017, quase verão e mesmo assim estava frio e a laguna  parcialmente congelada. As paisagens patagônicas sempre lhe reservam uma surpresa e uma vista diferente a cada visita. Dessa vez fui além e subi nas montanhas ao redor e a vista do "Valle de Tierra Mayor" do outro lado da ruta 3 é maravilhosa.

(Primavera, 2017)

Subimos muito e pudemos ver a laguna do alto. Devido as dimensões do local, talvez  pela foto não dê pra ver o quão alto chegamos.


Caminhamos até cansar, cruzamos umas pedras altas e pudemos ver outro vale que está por trás das montanhas da laguna. Não sei o nome do local, mas sei que vai dar em algum lugar, pois passou por mim um rapaz acompanhado do eu cachorro e eles seguiram caminho pelas montanhas e de longe pela neve, só pude ver as pegadas deles.
Paramos para comer antes de descer e foi a refeição com a melhor vista de todos os tempos.


Foi uma experiência maravilhosa ver a vista do alto, e o caminho, também, nos presenteou com momentos incríveis. Com direito a escorregos, roupa rasgada, e atalho pelas pedras.





Por fim na hora de ir com o Sol brilhando um pouco mais forte, a camada superficial do gelo derreteu e pudemos ver um pouco a cor turquesa estonteante das águas da lagoa. Eu realmente, apesar de sempre ter muita lama e muito vento frio, amo esse lugar.
Chegou a hora de voltar e mesmo depois de 8 horas de caminhada (não que o caminho leve todo esse tempo, mas ficamos indo e voltando pelas montanhas, explorando e curtindo as vistas) eu ainda estava cheia de energia e muito feliz de estar à toa pelos "matos".

domingo, 24 de setembro de 2017

Os crepúsculos mais lindos que vi na vida - Ushuaia - Argentina

A cidade mais austral do mundo tem uma beleza natural incrível. Montanhas, bosques nativos, rios, cachoeiras, mar, quase um paraíso. O clima, porém, é difícil e imprevisível, já vivenciei dias de sol forte, chuva, vento e neve, tudo num mesmo dia e com um intervalo de tempo muito curto.
Decidi escrever esta publicação para reunir as melhores fotos do nascer do dia e do cair da noite. São, muitas vezes, espetáculos de cores que o céu Ushuaiense nos presenteia e por mais que haja, muito frio, muita neve, muita lama, ver estas cores no céu me faz ser grata pela oportunidade de estar aqui, agora. A mãe natureza é simplesmente incrível. Enjoy it!

(Centro invernal Las Cotorras, julho de 2017, foto sem filtro)

(Vista da minha varanda, bairro Ecológico, outubro 2016, foto sem filtro)

(Vista da minha varanda, bairro Ecológico, outubro 2016, foto sem filtro)

(Silhueta do monte Susana, bairro Rio Pipo, janeiro 2017, foto sem filtro)

(Silhueta do monte Susana, bairro Rio Pipo, janeiro 2017, foto sem filtro)

(Antigua Casa Beban, Junho de 2016, foto tirada com windows phone peba)

(Bairro Ecológico, Junho 2016,  foto tirada com windows phone peba)

(Bairro Ecológico, silhueta do monte Olivia, Junho 2016,  foto tirada com windows phone peba)

(Maio de 2016, bairro Andino, foto sem filtro)

(Bairro Ecológico, Junho 2016,  foto tirada com windows phone peba)

(Bairro Ecológico, Junho 2016,  foto tirada com windows phone peba)

(Av. Além, ao fundo Monte Olivia, Junho 2016,  foto tirada com windows phone peba)

(Parque nacional Tierra del Fuego, junho de 2017, foto sem filtro, 09:00 a.m.)

(Parque nacional Tierra del Fuego, junho de 2017, foto sem filtro, 09:00 a.m.)



domingo, 23 de abril de 2017

Santiago - Chile

O Chile é um país maravilhoso por suas pecualiaridades históricas, culturais e, definitivamente, geográficas. É bastante extenso, porém bem estreito. Essa característica faz com que tenhamos o sul do país gelado, com muita neve e montanhas e na outra extremidade um deserto, quente, porém maravilhoso  e com muitas lindezas naturais. Mas hoje eu vou falar da capital, Santiago.
Eu tinha apenas três dias de folga do trabalho e me virei nos 30 para conseguir vôos com bons horários. Dito isto, o que dá para fazer em Santiago em 3 dias?
A cidade é muito grande e me lembrou um pouco São Paulo, capital. Existem passeios bem legais e bem tradicionais: a vinha Concha y Toro, Centro Cultural La Moneda, Cerro Santa Lucia, Cerro San Cristóbal, Patio Bella vista, Valle Nevado, Sky costanera e etc.


(Bairro Providencia)


Desde a capital se pode fazer um tour de um dia para as cidades de Viña del Mar e Valparaíso. Também há um povoado próximo, San José de Maipo, onde se pode ver o Cajón del Maipo, Embalse El Yeso que são lugares incríveis, ainda mais no inverno.


(Cordilheira dos Andes e embalse El Yeso vistos do avião)


E o que eu pude conhecer? Caminhei por alguns bairros da cidade, fiquei na casa de uma amiga no bairro Ñuñoa. Na Plaza Nuñoa teve uma festa a noite e pude ver algumas tendinhas com comidas diferentes, vinhos, queijos e uma apresentação de Cuenca, dança tipica chilena. Provei um sorvete feito com agua de chuva\neve.
Pontos turísticos que conheci:
O Cerro San Cristóbal que está no bairro Providencia, recomendo subir de teleférico, se pode ver a cidade do alto e a vista do Cerro de cima, sua vegetação e jardins, também é muito legal. Tem um zoológico lá, mas eu não gosto, então não fui. Se pode subir a pé, há muitas trilhas e jardins e no cume uma capela ao ar livre. A vista desde o cume é linda.

(Teleférico do Cerro)

Estava muito nublado por conta de poluição e chuva e, apesar de nas fotos que tenho não dar para ver quase nada, pude ver um pouco da cidade do alto.



O centro comercial Sky Costanera reúne muitas lojas de marcas conhecidas e as grandes lojas de departamento chilenas. As roupas e eletrônicos são bem baratas em comparação a Brasil e Argentina. No alto do edifício ha um mirante conhecido como o maior mirador da America Latina. Tem 300 metros de altura e uma vista em 360° da cidade.



Vale a pena? vale. A vista é linda e da pra ter uma noção de como a cidade e enorme, alem de ver a cordilheira bordeando a cidade. O preço é meio salgado, 10.000 pesos chilenos, ou seja, 50 reais, mas não me arrependi de ter pago, mesmo com o dia meio nublado gostei do que vi, recomendo ir ver o por do sol.

Andando pelo centro encontrei uma ex-aluna da UFBA, o mundo é um ovinho de codorna. Moro em Ushuaia, ela em Salvador e conseguimos nos encontrar em Santiago, nem sabia que ela estava viajando, foi coincidência mesmo. Passamos uma tarde agradável juntas e eu fiquei muito feliz.



Chorrillanas é algo que se tem que provar. Feito com batatas fritas, choriço, carne e ovos, é uma comida tipica chilena, nada que não se conheça no Brasil, mas eu adorei a combinação.
Tive o azar de pegar um dia de Censo (feriado irrevogável, tudo fechado) e dois dias de chuva. O rafiting que havíamos programado no rio Maipo não fizemos, não andei muito pelo centro, não fui na vinha Concha y Toro porque acordei de ressaca, não fui no Cerro Santa Lucia porque ficou tarde e tive medo de ir só, porem o pouco que vi gostei muito e já estou programando a volta para ficar mais dias e conhecer o que faltou.
Mas se não era para passear e turistar o que tu foi fazer la? Para finalizar este post, deixo fotos autoexplicativas. Esta já esta na lista das minhas melhores viagens.





(Patio Bella Vista)



sexta-feira, 24 de março de 2017

Glaciar Vicinguerra - Ushuaia - Ar



Fazia muito tempo que queria ir a este glaciar e finalmente encontrei companhia e tempo. A trilha é de dificuldade moderada e não pode ser feita no inverno, já que há algumas partes muito inclinadas que ficam tapadas de gelo e neve. Fomos no começo do outono e estava com uma paisagem espetacular. A minha câmera fotográfica não foi capaz de registrar a lindeza das cores e a quantidade de tonalidades que havia.


A trilha começa no Valle de Andorra. Para chegar lá pode-se tomar um táxi, remis ou algum dos transportes regulares que tem na cidade de Ushuaia. Em táxi fica em torno de $200 pesos a ida, transfer é $300 pesos ida e volta. Se estiver em grupo compensa ir de táxi pois dividido entre todos sai bem barato. O carro vai até o portão do final e a partir daí o caminho é a pé pelo turbal.
Mais ou menos vinte minutos pelo meio do vale e chegamos a uma ponte e o cartaz que indica o começo da trilha. Há um rio e uma paisagem muito linda. É permitido acampar às margens do rio Arroyo Grande, no meio do vale.


A trilha está quase sempre marcada nas árvores, é possível ir sem guia, porém, só o faça se você tiver acostumado com longas caminhadas e caminhos "difíceis" (lama, muita lama, neve, inclinações, pedras, etc.)

Estação: Outono
Tempo de duração: +/- 6 horas
Dificuldade: Moderada
Altura: 1300 a 740 msnm (frente)
Coordenadas: 54°43′23″S 68°20′02″O

Eu já esperava que fosse lindo, mas eu fiquei maravilhada além da expectativa. Não havia muito sol, logo as cores da laguna não estavam tão intensas, mas mesmo assim é realmente encantadora.


Eu estava ansiosa para ver as cavernas de gelo e já fui correndo para lá. A minha surpresa foi que dado o fim do verão, a entrada estava enorme e parecia muito maior que o normal. Não fiquei muito tempo dentro dela, embora essa era a vontade, pois na caverna havia uma temperatura agradável enquanto que do lado de fora o vento já começava a ficar mais forte e mais frio.


No lado esquerdo do glaciar é possível subir um pouco mais pelas pedras, e claro que eu fiz isso. Subimos até onde a inclinação permitiu e tivemos uma vista maravilhosa da laguna e do glaciar bem de pertinho.

Do lado direito era onde o gelo estava mais limpinho e azulado. Também, por estar mais protegido pelas pedras e o sol não chegar com facilidade, nesse lado as lagunitas estavam mais frias e com grandes blocos de gelo na água.


Eu tive uma das experiencias mais incríveis no frio até agora, ouvi um barulho diferente e quando olhei para a água a superfície estava se congelando com o vento. Foi incrível.


A volta é sempre mais rápida e tranquila. Levamos 3 horas para voltar (e quatro para ir), porém, vale ressaltar que estávamos com dois amigos cinquentões (animados e duros na queda, porém, nessa idade o corpo lhe dá muitos limites) e paramos milhares de vezes para descansar, tirar fotos, comer, etc. A trilha se for feita em um ritmo regular e constante pode ser feita em 5 horas, ou até menos.


No caminho após sair do bosque e antes de subir a inclinação final tem uma castoreira. Não vimos nenhum castor e, além disso, meus olhos estavam mesmo era vidrados nas cores da vegetação.


Gostei muito e já estou ansiosa para ir de novo na primeira nevada e ver tudo branquinho ao redor da laguna. Tentarei ir no começo do inverno enquanto o caminho tem pouca neve e não fica tão perigoso e congelado.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Cascada Velo de Novia – Ushuaia - Ar

Trekking super leve e paisagem super linda.

                                          
                                                                          (Verão 2017)

A trilha começa a partir do Refugio Yoppen Kawi às margens do rio Olivia. As opções para chegar até lá são: pegar um ônibus (linha A ou B) até a saída/entrada da cidade e daí caminhar cerca de 1h até a ponte para cruzar o rio Olívia, ou pedir carona na estrada depois da saída da cidade. Ou ainda ir de táxi ou contratar um transfer com empresas.

                                

A entrada está de frente a uma casinha/capela de algum santo católico na estrada, onde as pessoas param para tirar fotos. Há uma descida para carros do lado direito da ruta 3 (se você estiver caminhando no sentido oposto a Ushuaia), há que descê-la e logo haverá uma ponte de madeira para cruzar o rio e depois o Refugio Yoppen Kawi .


A distância entre o começo da trilha e a cachoeira é de cerca de 1 km (20 minutos) por um caminho empinado, porém fácil. No verão a terra fica bem seca e pode escorregar um pouco em áreas muito inclinadas. No inverno fica tudo coberto de neve, obviamente.


Na metade do caminho se tem uma ótima vista da cachoeira que se desdobra em muitas quedas até desaguar no Rio Olívia. Um pouco antes de chegar na descida para a cachoeira há umas cabanas de madeira, na qual eu suponho que se pode acampar, mas não estou segura dessa informação.

                                            

A cereja do bolo é a primeira queda d’água, na qual é possível passar por trás e tocar as águas tranquilamente. A água é muito gelada o ano todo e tem bom sabor. É um lugar muito lindo e que emite uma paz singular.

 (Verão 2017)