quarta-feira, 16 de maio de 2018

Reykjavík - IS

Reykjavík, ou na forma aportuguesada Reiquiavique, é a capital da Islândia. Seu nome significa baía fumegante, talvez devido a grande quantidade de fontes termais ao largo de toda a ilha.
Chegamos a noite, mais ou menos 20 hs e entre imprevistos com o aluguel do carro, cansaço da viagem de avião, deslocamento do aeroporto que fica na cidade vizinha, Keflavik, e o clima frio e chuvoso, decidimos ficar em casa a noite e só aproveitar a cidade na volta da road trip, dois dias depois. O aeroporto está a 50 km da capital e é o maior do país, é de onde chegam e partem os voos internacionais. De carro chega-se em Reykjavik em 40 minutos.


        (Laugavegur, rua comercial e turística. A mesma rua onde fica o famosinho Chuck Norris Grill)

Nos hospedamos num alojamento chamado Central Guest House e a dona foi bem atenta, nos deixou informações, mapas e havia café e condimentos na casa para utilizar. Reservamos um apartamento e foi bem confortável e o preço não muito elevado.
É possível estacionar nas ruas, está tudo bem sinalizado e o estacionamento é pago em algumas horas do dia. Fique atento para manter o parquímetro (funciona com moedas) ativo, pois as multas de trânsito são altíssimas na Islândia e o controle vial é bem rigoroso.


(Loja de souvenirs na rua Laugavegur )

Um surpresa bem desagradável foi que os mercados fecham muito cedo, não importa o dia, fecham mais ou menos às 18 hs. Precisávamos comprar comida e só encontramos uma "mini mercearia" onde compramos comida para a noite e dia seguinte pela manhã. Já sabíamos que era um país caro, porém, nestas circunstancias foi ainda pior. Gastamos 4.800 kronas  por comida para 4 pessoas para uma noite, no dia seguinte num mercado grande gastamos 4.500 kronas para comida para dois dias e alguns mimos como doces e cerveja.
Outra coisa a se ter em conta é que é proibido vender bebidas alcoólicas nos mercados e lanchonetes, você vai encontrar varias bebidas com teor alcoólico baixíssimo ou cervejas sem teor alcoólico. Para consumir bebidas fortes somente nos restaurantes. a maioria fecha ao redor da 01:00 da manhã, mas perguntamos e não é proibido consumir álcool na rua se você tiver algo comprado no aeroporto, por exemplo.
Outra informação importante: as bombas de gasolina na capital e no resto do país são self-service e só funcionam com cartão de credito, detalhe, as instruções estão em sua maioria em islandês, acho que só uma vez tinha a opção de informação em inglês, na dúvida, peça ajuda a alguém para não fazer bobagem. É importante ressaltar que seu cartão de crédito precisa ter um certo limite para ser aceito, por que você aproxima (ou passa) o cartão e escolhe a opção tanque cheio ou uma determinada quantidade e só depois de usar é que a cobrança é feita. Creio que eles verificam sempre o valor como se fosse tanque cheio, se você tiver limite porém, pouco, seu cartão será recusado.
A maioria dos nativos com quem tivemos contato foram muito amáveis e prestativos. Todos falavam inglês, nem que fosse o mais básico para dar instruções e informações.
Na cidade tem vários locais interessantes para se conhecer como o Grotta Light House, Nauthólsvík, que é uma praia geotermal, teatros, a orla e museus. Eu não pude conhecer nenhum desses que eu citei, pois dei prioridade as atracões turísticas naturais e mais afastadas da área urbana, mas realmente fiquei na vontade. No ultimo dia que eu havia separado para conhecer alguns dos lugares teve uma tempestade, um vento muito forte e mesmo bem agasalhada e acostumada com o frio (já que vivo em Ushuaia, Argentina) não consegui ficar na rua. Até mesmo ficar de pé era complicado, as ruas estavam vazias.


(Chegamos até a orla e voltamos para o hotel para não morrer, rs)

Pude conhecer, porém, a Hallgrímskirkja que é uma  igreja luterana bem icônica da cidade. A arquitetura da igreja é bem interessante, foi projetada com um design para imitar o movimento da lava de um vulcão e há uma estátua de Leif Eriksson, filho de Erik o Vermelho. Esta estatua foi feita por Alexander Stirling Calder e foi um presente dos Estados Unidos da América ao povo islandês em 1930, como monumento comemorativo do milênio da criação do Alþingi, o parlamento mais antigo da Europa e um dos mais antigos do mundo. Localizado no parque Thingvellir.

Não entrei, porque já comecava a chover e a fome apertou, então fomos a um restaurante para provar comidas tipicas locais.


(Hallgrímskirkja)

(Hallgrímskirkja vista lateral)

Fomos no Café Loki  e comemos tubarão seco (harðfiskur) com manteiga e tubarão "podre" (hákarl). O hákarl é a comida mais famosa da Islândia. A carne do tubarão é preparada crua e se deixa apodrecer. Esses animais não possuem rins, então a ureia corre em seu sangue e a carne possui altas concentrações de ácido e amônia. Se comido crua é altamente venenosa. A carne é cortada e colocada em uma estufa para secar por três meses enquanto as toxinas são drenadas, depois é pendurada para secar e curar por mais três, li em alguns lugares que se enterra a carne nesse tempo, mas não sei se é  verdade. É servido como aperitivo em pequenos cubos e parece cubinhos de gordura, ou de queijo.


                                         (Café Loki, localizado em frente a Hallgrímskirkja) 


(harðfiskur e hákarl com manteiga)

O gosto é estranho mas eu nem sofri muito, meti cerveja por cima. Tradicionalmente é engolido com brennivín (vinho que queima, em tradução literal), um tipo de cachaça muito forte aromatizada com raiz angélica ou semente de cariz, e conhecida afetuosamente como "Morte Negra" (svartidauði). Nós provamos essa bebida. Eu só molhei a língua mesmo e achei forte e "adistringente". Meu marido e minha amiga gostaram e terminaram de toma-la. Eu só fiquei pensando que paguei bem caro em três coisas ruins pra caralho (rs), mas faz parte da experiencia cultural né? A coisa mais gostosa na mesa era a manteiga (rs). De acordo com os islandeses o hákarl te dá energia.



Depois te sair de lá, fomos a uma lanchonete e comemos um hambúrguer gigante e provamos uns refrigerantes diferentões. Alguns saborosos, outros nem tanto.


Uma espécie de refrigerante de cola com ervas. O sabor parecia muito com aqueles pirulitos de coca cola que vendiam nBrasil antigamente. Gostamos.

(Tinha gosto de ki-suco, mas até que era gostosinho)

                                             (O pior de todos, tinha gosto de aspirina infantil)



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